17/12/2015

Pseudo-poema_AO90

...
... Para para por o ponto...
Tradussão: "... Pára para pôr o ponto...".
PS: Onde se lê tradussão deve ler-se tradução.

Acerca duma viagem férrea provinciana (...)


A vida inspira-nos a apreciar o seio (ma)terno, medrador e aconchegante, (quase) como mais tarde a sopa de nabos, para além de alimentar, sinfónica, cromática e propiciadora de amadurecido regalo... fruído, na morna presença do fogo, da broa... e até, quem sabe...
Lembrei-me disso agora... com o choro persistente e desconsolado daquele bebé... de mãozinhas fechadas, como punhos de luta, coçando o peito da mãe... Ninguém no combóio o levou a mal...

23/10/2015

Atestados de Umbigo... e outras, moderadas, fricções deontológicas



Os camaradas académicos de transmissões, os que cursaram engenharia electrotécnica (ou semelhante), tendem a ver-me com maus olhos... por um motivo muito simples: por eu dizer (honesta e lealmente) o que penso. E o que penso (como antigo aluno de EngEC) e digo também é muito simples: não concordo, nunca concordei nem concordarei, que aos restantes militares não académicos (nomeadamente sargentos) não seja dada a oportunidade de complementar (em proveito também do Exército) licenciaturas em engenharia que os mesmos já cursassem antes de (ou durante) a permanência nas fileiras. O que acho ser uma injusta aberração vai mais longe, ao não serem reconhecidas aos militares não académicos graduações em áreas científicas afins às atribuídas aos académicos militares: tornou-se vulgar a utilização (até nas assinaturas), pelos académicos, do atributo “Eng” (engenheiro) entretanto vedado aos outros também graduados em engenharia. Trata-se duma flagrante injustiça... que os que pagam um curso (e estudem fora de horas), com grande sacrifício e óbvia vocação, não tenham o reconhecimento que têm os que estudam por conta do Estado, a tempo inteiro.

 Acontece ainda que uma carecterística tradicional das nossas chefias (militares) é a de acharem que os subordinados (pelo menos no Exército) devem ser polivalentes (...), o que, obviamente, não resultará num bom compromisso (eventual) com as artes ou ciências. A não ser que se trate dum ser-humano genial, extraordinário, ninguém estará à espera que um jovem licenciado (também em engenharia) a quem nunca (ou raramente) é dada a tarefa de “engenhar”, motivando-o antes para a ordem unida, o comando de sub-unidades, para não falar da cagança bailarina das paradas... e para além da guerrilha permanente e mesquinha da (subida na) carreira... ninguém esperará que se afirme dali um verdadeiro engenheiro. A gente sabe que (naturalmente) a maioria dos engenheiros militares (para além do propalado Eng) têm muito pouco de engenheiros, que nem sequer convivem com o ambiente técnico-científico adequado... que chegam a não saber distinguir uma pilha dum condensador electrolítico... e, pior ainda, quando algum oficial se afigura verdadeiro engenheiro raramente sobrevive ao “bulling” duma hierarquia mesquinha, despeitada, invejosa de talento, que sobre ele se abate. Não vale a pena dar exemplos... mas não consigo deixar de pensar logo naquele rapaz da UA (que por acaso até nem marchava propriamente mal)... e exteriorizava cultura bastante e à vontade com a manipulação estudada dos electrões... com autênticos projectos de engenharia (civil) electrotécnica.

Esta é a minha (singela) opinião, apenas. Longe de mim a pretensão de alimentar um monumento à entropia castrense ou obstaculizar à verdadeira camaradagem. Esssa, muito rara embora, permanecerá incólume no sentido humano e social do termo. Abraço para os verdadeiros camaradas e amigos.

07/10/2015

República dos Bananas

"E aqueles que, por filha-da-putices, se vão da lei da morte libertando"
Verso, em jeito um tanto camoniano e (por que não?) cavaquiano, de José Vilhena... acerca dum país que nem o mar quis (...).

11/08/2015

O Dr. Mata e a vesícula...

No Hospital da Estrela o Dr. Mata, entre uma nuvem do cachimbo, asseverou: "Hum... Sr Tenente, o melhor é tirarmos a vesícula... que não serve p'ra nada... eu tb não tenho!..."... Não serve p'ra nada? Tem a certeza?... balbuciei, duvidoso...
- "garanto-lhe que lhe tiramos isso... a deitamos ao gato... e nem ele a quer!!!... rs"
-"e... se... já sem a vesícula, os sintomas persistirem?"... atrevi-me...
-"Bem... nesse caso... ficaremos a saber que tem outro problema... que não era da vesícula!..."...
-"Hum... entendo"...
...
 Entretanto... surgiu a "Guerra do Golfo"... o HMP entrou de prevenção (por solidariedade com os beligerantes... pelo menos por uma das partes...)... e a "colecistectomia" foi adiada... até se restabelecer a paz no planeta...

11/02/2015

Dos saberes... ditos Ciências Sociais

Li recentemente que a "doutora" Paiva iria brevemente publicar um livro na área das chamadas "ciências sociais"... como se não bastasse já a entropia publicada pelos seus colegas Fontes & Cia. Este tipo de eventos revela-nos (é a minha sincera opinião) que há livros e livros e que a mediocridade não se deve entender apenas o AO90. Não li nem conto ler o livro da Sra em questão e poderá parecer precipitado ou até injusto este meu comentário... mas a prestação académica da pretensaautora é tão medíocre e prepotente que nenhum livro o poderá redimir. Há por aí livros que não valem a lenha de que foram feitos (a avaliar pela qualidade dos "autores") mas cada um é livre de gastar os seus escudos onde quiser. Lamentável é que um certo lixo pseudo-científico seja imposto, como bibliografia obrigatória, aos alunos que dependem de um certo tipo de classe docente. Impõem os seus "livros" (chamemos-lhes assim, por questões estéticas...) aos discentes e combatem ferozmente as fotocópias, pela preservação dosdireitos de autor... como se tal fosse a sua missão/função... Por que não se lembra o ministro de apresentar a esta gente (ditos professores universitários) uma prova de "cultura geral" como faz aos que querem ser verdadeiros professores?...

Como Como Como

Como Como Como
(Pseudo-poema escrito em português super a(c)tualizado)

*
                            - Como comes pseudo-poeta?
                            - (H)ora... como como como!... 

*
(Fim)

JC (SO)