25/11/2008

Passo muito tempo sem passar por aqui. Penso que até a Pide passará mais tempo que eu por aqui. Talvez daqui a nada eu volte a passar por aqui.

29/09/2008

Harmoniosa Mistura de Sons Azuis

Sabes… tenho pedaços de lua no bolso
E tenho mais segredos que por ora não tos conto
Podias olhar-me de forma estranha… não me compreenderes…
Um dia, prometo, hei-de guardar um raio de sol para ti!...

Anda, vem amiga, vem fundir-te com a terra
Contemplar o firmamento, as estrelas, o infinito…
Sentirás o planeta como nave na noite
Rumo às estrelas

Ou então… brincaremos com um ou dois pedaços de lua,
É preciso poupar…
Faremos o culto do olhar, como à luz dos pirilampos
Níveo será teu rosto e brilhante o teu olhar
Um brilho pouco iluminado, é certo
Mas o apropriado para se ver a alma
Que é adversa às ilusões clarificadas pelo dia

E depois, que podes esperar mais de mim
Se contigo compartilho o meu espírito?...
Tudo o resto é menor e podes considerar teu
Desde o peso da palavra, latina e gasta
Até ao meu corpo permeável à doença e ao tempo

Que sons ondulantes e suaves se aproximam?
Sim… é claramente, o luar… de Debussy
Sinto por fim plenamente esta peça
Esta harmoniosa mistura de sons, de todos os sons
Conjugando-se numa deliciosa e azulada amálgama
De flores… e sons…

S.O.

19/09/2008

Transistores de Papel







Pq não?... pois se os há de silicio e germânio, dopados com arsenieto de gálio, um veneno, pq não haveria de haver de papel?!...
Essa ouvi duma cientista portuguesa... parece que ela é que está a "inventar" isso ou algo assim.
Há uns anos atrás falou-se duns que propunham o diamante para argamassa fundamental do transistor, entre outros materiais ditos nobres. A preocupação residente era de fazer transistores imunes, estanques, impermeáveis, aos impulsos electromagnéticos (EMP) resultantes de explosões nucleares (...), que, como se sabe, inibem (abafam) as comunicações sustentadas em componentes semicondutores tradicionais.
Bem... e neste caso que será? Qual o interesse de fazer transistores de papel?... Será que concluiram ser o papel mais barato que a areia da praia?... ou que é mais fácil e ecológico serrar uns pinheiros, ou sugar o solo com eucaliptos, do que separar o silício da areia? Hum... não sei... não ouvi a explicação.
Mas, em jeito de contraste... repare-se na evolução em apenas 60 anos, desde a primeira implementação dum transistor por Bell, algo tosco e gigantesco, até estas pequenas películas, neste caso usando dieléctrico de papel.

17/09/2008

O Samurai e o Tolo


Numa tarde serena, quase se pondo o sol... deslizava entre ilhas uma barcaça com vários passageiros... entre os quais um bushi (samurai) japonês, famoso na arte de desembainhar o sabre (Iaidô). No meio de todos, um jovem descortinou-o, e ansiando por fama dirigiu a palavra ao mestre, rapidamente juntando tons de desafio. Sereno, o bushi resistiu à tola verborreia, à insenta e vaidosa fanfarronice do neófito. Porém, a insistência e zomberia do destemperado rapazola, ajudado por gestos, acabou por perturbar a a população da embarcação, de modos que o samurai acabou por aceitar o desafio.
Porém impôs uma exigência... a de que o duelo não poderia ser alí na barcaça, não apenas por falta de espaço mas também pelo perigo que poderia resultar para a integridade física dos outros passageiros. Sugeriu uma insula alí perto. O atrevido aprendiz de sabre aceitou e, logo que o barco tocou as ervas e limos da pequena ilha saltou para a mesma preparando-se para desembainhar a arma.
O samurai ajudou-o na tarefa com um certo empurraozinho e, logo que o sentiu com os pés em terra impulsionou a embarcação no sentindo contrário, continuando dentro da mesma.
O jovem incauto ficou sozinho na insula, esbracejando, combatendo com o vento, sozinho, como o verdadeiro tolo que era.
E o samurai continuou a viagem, com o sabre embainhado, como é próprio da mestria na arte do Iaidô.

A Verdade, a SIC e a Treta do Polígrafo


Desta vez fui completamente surpreendido com fragmentos dum concurso que deve ser o mais rasca de sempre. Com efeito, já nos habituamos a ver na TV, sobretudo na SIC e na TVI, concursos e programas execráveis ao ponto de nem lembrar ao diabo... mas esta treta agora da Verdade Compensa (ou lá como se chama o concurso!) não dava para se imaginar. Temos a SIC ao seu máximo nível, de televisão não apenas directamente dependente do Clube de Bilderberg (não esquecer que o Sr Pinto Balsemão não é somente um dos 3 franciscos fundadores do PPD mas também um padrinho com assento permanente no satânico clube) mas também como um dos principais fabricantes de lixo e poluição mental da população portuguesa.
As perguntas são aberrantes. É claro que uma pessoa livre e com um mínimo de higiene mental nunca se sujeitaria a um questionário daquele baixissimo nível. Daí que a minha principal revolta não se dirija para os concorrentes mas para quem fabrica e permite aquele nojento lixo.
Desde logo é culpada a SIC por inventar ou copiar concurso tão nojento, onde se brinca e provoca propositadamente conflitos com sentimentos e emoções dos concorrentes e familiares, anestesiando-as, inflamando-lhes o desejo com o vil metal.
Culpada é também a apresentadora do concurso, a Sra Teresa Guilherme, já sobejamente conhecida destas andanças, profissional que evidencia falta de dignidade, carácter mais baixo que qualquer reles meretriz, falta de ética e sobretudo de estética.
Observando mais atentamente, como verifiquei posteriormente, o concurso em si constitui apenas uma 1.ª parte da indecência. A seguir a SIC transmite uma espécie de debate liderado por Rita Ferro Rodrigues e com três comentadores.
O nível dos comentários não é de qualidade superior ao do concurso.
Um dos comentadores, um fadista da Câmara, vê-se nitidamente que está a ser pago para anedotizar, dizer piadas centradas num pseudo-marialvismo , sendo sem dúvida o mais benigno dos quatro... nota-se claramente que as coisas que diz não são a sério.
O do meio, um maricas cujo nome felizmente não me recordo, fala exactamente como qualquer maricas, com arrebites de aparente coragem, quase militante, acentuando tonicamente que já é pai (ou seja que um qualquer espermatozoide seu fecundou um óvulo duma mulher...)... como se isso fosse uma coisa difícil...
De péssima qualidade mesmo são os comentários das duas mulheres... sim porque a apresentadora também opina e geralmente daquela forma incoerente, pimba e hipócrita, apanágio da mais ou menos conhecida filha do político seu pai. O feminismo básico da outra comentadora, cujo nome felizmente também não me lembro, é coadjuvado, senão mesmo ultrapassado, pelos comentários incoerentes, intempestivos e despropositados de Rita Ferro Rodrigues, evidenciando a falta de inteligência e de bom gosto que a caracteriza... e provavelmente (talvez) também desgostos sexuais e até mal-viver proporcionado por algum amante ou marido... A criatura tem a crónica lata de sempre referir ser mãe, ter uma filha, como se isso interesse aos tais "portugueses" (sic) a quem se dirige...
Não há ninguém que lembre àquela, e outras criaturas que tais, que não deve aparecer no écran televisivo para falar da sua filha nem fazer transparecer as suas frustações sexuais, nem opinar em geral?!...
De salientar ainda a questão de cara séria, de quase dor pungida, que a apresentadora coloca, em flagrante contraste com o decote exagerado (quase pornográfico) quando o tema resvala para "violência doméstica" (ela não perde oportunidade para o referir), depreendendo-se obviamente que da citada violência ela considera um homem dar porrada numa mulher (...)... A outra comentadora, sem decote exagerado (deve em abono da verdade realçar-se), aproveita para fazer coro na mesma reza.
Claro que falta, já agora, atar toda esta gente ao POLÍGRAFO!... rs
E por isso, e não só, são também culpados desta imundice de programa(s) todos os orgãos de soberania, polícias, deputados, presidentes e ministros, procuradores, juizes, toda essa cambada que tantas vezes (e muitas vezes despropositadamente) se manifesta chocada com as desgraças, com os fenómenos de exclusão social, de humilhados e ofendidos e afins.
Onde estão eles?
Será que assistem impávidos e serenos a este lixo, a esta merda de pseudo-sentimento, até com lágrimas nem crocodilescas?
Então esses doutores de colarinho branco e mãos meigas... gente que até se empertiga em ouvindo asneiras... conhecem coisa mais rasca que este concurso, mais imoral?
E depois há o Polígrafo. Qualquer pessoa com um mínimo de discernimento e cultura geral sabe que o polígrafo pouco mais credível é que a própria bruxa Maya (curiosamente Maya em sânscrito significa Ilusão...), sabendo-se obviamente que a dita Sra, por sinal também funcionária da referido canal do lixo, não sabe absolutamente NADA e, felizmente, a sua satânica arte de adivinhação (sit ant. e novo testamento) não faz qualquer sentido... é logro (e roubo) a todo o comprimento.
O polígrafo consiste basicamente num conjunto integrado de sensores que medem reacções fisiológicas dos questionados baseado em conhecimentos da resistência eléctrica do corpo humano e variáveis dependentes, ritmo cardíaco e tensão arterial, partindo do princípio cientificamente provado de que as emoções, nomeadamente o acto de mentir, provocam continuamente alterações dos valores medidos. Especialistas que estudam essas evoluções e tipificações fazem tradução das tendências do questionando, sobretudo de mentir...
Acontece que esta tipificação de reacção fisiológica tende para dar uma ideia sobre se a "cobaia" está a mentir ou falar verdade, mas está mais que provado não ser segura e por isso é que nos países civilizados não é aceite como prova na justiça e o seu uso pode até ser considerado crime.
Toda a gente conhece casos de pessoas que "enganam" o polígrafo... e também é sabido que o polígrafo, ou melhor... quem interpreta os dados do poligrafo... também se "engana".
Mau gosto portanto a acrescentar ao concurso da SIC, porque tanta Teresa Guilher me como Rita Rodrigues (e restantes pseudo-jornalistas da SIC) se fartam de repetir que o polígrafo não se engana... e na realidade é verdade, só se engana quem acredita nele, sobretudo os tais portugueses que estão do lado de cá do écran.
Quanto mais não fosse, bastaria o facto de se saber que o polígrafo faz conjuntamente várias medições ao mesmo tempo. Todos nós temos a experiência de enganos que acontecem na medição de tensões com um aparelho só para esse efeito!... e então vamos acreditar piamente num que mede tanta coisa ao mesmo tempo?
Além do mais, há pessoas que mentem com uma enorme facilidade... algumas até acreditam nas mentiras que dizem. Outras simplesmente possuem uma capacidade de concentração ou alheamento que nenhum polígrafo decifra nada. Conheço pessoas assim. E também conheço pessoas que falam verdade mas ficam nervosas e transpiram como se estivessem a mentir... sobretudo quando estão perante quem não confia nelas.
Enfim... polígrafos e mayas... nos tempos que correm?
Onde estão as comissões de ética?... as tais Ordens?
Já agora... pq motivo a tão hiper-activa Ordem dos Médicos (e pq não tb a Ordem dos Advogados) NUNCA fez nada para travar as aldrabices da Maya e quejandos?