Sabes… tenho pedaços de lua no bolso
E tenho mais segredos que por ora não tos conto
Podias olhar-me de forma estranha… não me compreenderes…
Um dia, prometo, hei-de guardar um raio de sol para ti!...
Anda, vem amiga, vem fundir-te com a terra
Contemplar o firmamento, as estrelas, o infinito…
Sentirás o planeta como nave na noite
Rumo às estrelas
Ou então… brincaremos com um ou dois pedaços de lua,
É preciso poupar…
Faremos o culto do olhar, como à luz dos pirilampos
Níveo será teu rosto e brilhante o teu olhar
Um brilho pouco iluminado, é certo
Mas o apropriado para se ver a alma
Que é adversa às ilusões clarificadas pelo dia
E depois, que podes esperar mais de mim
Se contigo compartilho o meu espírito?...
Tudo o resto é menor e podes considerar teu
Desde o peso da palavra, latina e gasta
Até ao meu corpo permeável à doença e ao tempo
Que sons ondulantes e suaves se aproximam?
Sim… é claramente, o luar… de Debussy
Sinto por fim plenamente esta peça
Esta harmoniosa mistura de sons, de todos os sons
Conjugando-se numa deliciosa e azulada amálgama
De flores… e sons…
S.O.
29/09/2008
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5 comentários:
S.O. no seu melhor!!!
És "surpreendente"!!
Belo pensamento... E gostei da ideia de dar cor ao som.
O som do silêncio tem uma cor lindíssima, deita cá para fora amigo Manuel Ribeiro tudo o que tens dentro de ti: liberta os cavalos selvagens e deixa-os fugir ao encontro daqueles que vivem sem saber porque nem para quê...
Saudação e muita amizade
Este post não tem comentários porque ficamos todos sem palavras!!
Só posso dizer que estou à espera que saia mais algum "do fundo da gaveta".
Há quase 2 meses que não "dás um ar da tua graça"! Vê lá se não tens nada aí pelo fundo da gaveta!
Beijo
ao..ver..escoar-se--avida..humanamente..afronta-me..
um..desejo..de..fugir.Mas..o..mistério..é..meu..ainda..me..seduz..
gostei..deste..poema..simples..belo..de..uma..beleza..que..me..transcende.
.Obrigada..Manuel..continua..parar..é..morrer
beijo
da..amiga
Lurdes
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